segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O nome da morte

"O nome da morte", de Henrique Goldman (2018) Drama baseado no livro “O Nome da Morte: A história real de Júlio Santana, o homem que já matou 492 pessoas” de Klester Cavalcanti, narra a impressionante história do assassino de aluguel Júlio Santana, que de 1971 até a sua aposentadoria em 2006, matou 492 pessoas, registradas friamente em um caderno. O interessante da narrativa, é que o filme procura não demonizar Júlio, apresentado-o apenas como um assassino cruel ( apesar de, em sua trajetória, ele ter matado todo tipo de gente, desde estupradores, ladrões, devedores, etc, sem distinção de sexo ou idade). Júlio (Marco Pigossi) é um homem atormentado pela pobreza de sua família, pelo conflito moral da religião, a quem ele é devoto, sua paixão pela esposa (Fabiula Nascimento) e filhos. O que ele quer, é proporcionar conforto para todos que ele ama. Júlio foi levado pelo mundo do crime pelo seu tio Cícero ( André Mattos), que também é pistoleiro. Seduzido pela possibilidade de ganhar dinheiro, logo Júlio deixa de lado a tormenta de matar pessoas (Cícero diz a ele que basta rezar 20 Aves-Marias após o crime). Com bela atuação dos atores principais, o filme tem boa atmosfera, montagem e trilha sonora. Alguns momentos achei bruscos, principalmente as reviravoltas de alguns personagens, mas nada que prejudique o entendimento do filme.

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