domingo, 1 de abril de 2018

Uma dobra no tempo

'A wrinkle in time", de Ava Duverney (2018) A cineasta Ava Duverney, abraçada pelos críticos mundo afora por conta do documentário "13th" e do drama "Selma", sobre a marcha de Martin Luther King, agora experimenta o gosto do fracasso. Sua fantasia, "A dobra do tempo", baseada no livro de Madeleine L'Engle, é um grande equívoco. Atores de calibre como Chris Pine e Reese Winterspoon, estão aquém de suas possibilidades. Reese ainda se esconde atrás de uma pavorosa caracterização, mesma coisa Oprah Winfrey e Mindy Kaling. Os figurinos, penteados e maquiagem das 3 senhoras da Luz, são das cosias mais pavorosas que vi em muito tempo. O da Oprah, ganha fácil a pior de todos os tempos, incluindo a horrorosa peruca loira. E mais: Porque Oprah precisa ser um Ser gigante? Megalomania? A história lembra bastante "A história sem fim", adicionando elementos de física quântica e viagem ao tempo. Meg é uma menina que mora com sua mãe e seu irmão caçula. Seu pai, um cientista (Chris Pine), desapareceu há 4 anos sem deixar vestígios. Na escola, os irmãos sofrem bullying, pois os outros alunos acham que o pai fugiu com uma amante. Um dia, 3 mulheres misteriosas convidam Meg e seu irmão para uma viagem para uma outra dimensão, com a chance de poder encontrar o paradeiro do pai de Meg. O roteiro e os diálogos do filme são muito fracos e repletos de frases de efeito e construtivas. Não entendo porque o pai e o peguete de Meg são brancos. Também não entendo porque Oprah usa peruca loira. Ava, militante ferrenha do movimento de consciência negra, não poderia ter deixado isso passar em branco. O filme não emociona, e pior, fica um híbrido sem liga de um drama realista sobre uma família desestruturada pela ausência do pai, e uma fantasia que nunca provoca qualquer tipo de encantamento. A Disney deveria ter lançado esse filme direto em dvd ou em streaming. Ou quem sabe, ter vendido pra Netflix, que ultimamente tem investido em compras de filmes fadados ao fracasso.

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