quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Titânio


"Titane", de Julia Ducournau (2021)
Grande vencedor da Palma de ouro de melhor filme em Cannes 2021, "Titânio" chocou meio mundo com uma mistura insana de gêneros: terror, humor ácido, ficção científica e drama erótico. A história em uma frase: uma serial killer que faz sexo com um conversível vintage, engravida dele, foge e se faz passar por um garoto desaparecido para fugr da polícia. Mas o que mais interessa nesse filme da cineasta francesa
Julia Ducournau é como ela apresenta o filme: para quem assistiu a seu filme anterior, "Grave", sabe dos temas que ela traz: assédio moral e sexual, machismo, feminismo, desejos sexuais relacionados a algum tipo de fetiche e perversão, além de muita violência e gore. Em 2020, outro filme francês trouxe algo semelhante, porém no âmbito do realismo fantástico: "Jumbo", sobre uma mulher que se apaixona por uma roda gigante de um parque de diversões e faz sexo com ele.
Outra referência óbvia seria "Crash", de David Cronemberg, e o fetiche por automóveis e fazer sexo dentro dele, através de acidentes provocados. Essa estranheza de Cronemberg tem quase 20 anos, e tem o resgate no filme de Ducornou. É um filme tipo 'Ame-o ou deixe-o", sem meios termos.
Grande destaque para o trabalho de Agathe Rouselle, no papel de Alexia/Andre, e Vincent Lindon, no papel de seu "Pai".
Certamente um filme que não deixará ninguém advinhando a próxima cena.

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