quinta-feira, 29 de março de 2018

Algo muito natural

"A very natural thing", de Christopher Larkin (1974) Um verdadeiro cult do Cinema independente Lgbts americano, realizado em 1973, o filme provocou bastante polemica na época do seu lançamento e ainda hoje, é um filme escandaloso, por fazer um retrato nu e cru da vida sexual dos gays em Nova York. Um importante documento histórico sobre a vida cultural e sexual americana do início dos anos 70, o filme foi todo realizado em locações e filmado em points famosos da cidade. Antes da Aids, o apetite sexual era descomunal: saunas gays, pegação em praças, ruas, etc. O filme foi todo filmado como um documentário, inclusive com depoimentos de gays dando seu parecer sobre a homossexualidade e liberdade sexual. Em determinado momento, aparece um letreiro de um cinema, onde está passando o clássico "Um homem, uma mulher", de Claude Lelouch. Com certeza, foi uma referencia proposital, pois em "Algo muito natural", acompanhamos a rotina da vida de um casal: David e Mark. David, um ex-monge, agora professor, conhece Mark em uma balada. Após a primeira noite, eles se apaixonam e decidem morar juntos. Porém, Mark tem vício em sexo e não quer se ater a uma relação monogâmica, ao contrário de David. Com muitas cenas de sexo, nudez frontal e orgias ( realmente chocantes), o filme pretende ser um romance, e até hoje, é considerado o primeiro filme que discutiu abertamente um relacionamento gay de forma realista.

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