sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Finlândia

"Finlândia", de Horácio Alcalá (2021) Concorrendo ao Prêmio Teddy no Festival de Berlim, dedicado a filmes de temática queer, "Finl6andia" é uma co-produção Mexico e Espanha. Longa de ficção de estréia do documentarista premiado Horácio Alcalá, o filme tem uma linguagem que oscila entre a ficção e o documental. O ponto de partida é a apresentação da comunidade muxhe: homens que assumiram papéis femininos em todos os aspectos da sociedade. Moradores da região de Oaxaca, muche são indivíduos não binários, que vivem de confeccionar trajes folclóricos da região. Na Espanha, uma estilista descobre a existência dos muxhe e deseja plagiar os trajes, adicionando elementos europeus. Para isso, envia a sua assistente, Marta, para se passar por fotógrafa e fotografar os trajes, em típico caso de apropriação cultural. Marta no entanto, se deixa envolver pelas histórias de vida de Delirio, Amaranta e Mariano, que as recebem com hospitalidade, e entra em profundo conflito ético. Quando um terremoto atinge a região, o detsino de todos altera. O filme traz, além do olhar documental, elementos de realismo fantástico à história. A parte que mais me agradou, é quando o filme foca nos dramas pessoais dos 3 integrantes da comunidade muxhe, apresentando situações de transfobia, rejeição, amores proibidos e violência familiar. A fotografia de David Palacios enaltece as cores da região e dos coloridos trajes vestidos pelos muxhe.

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