'Dj Ahmet", de Georgi M. Unkovski (2025)
Vencedor dos prêmios de melhor filme de público e prêmio especial do juri no Festival de Sundance 2025, "Dj Ahmet foi co-produzido por Macedônia do Norte, Tchecoslováquia, Sérvia e Croácia. O filme é comovente, sensível, e me fez lembrar da obra-prima dos irmãos Taviani, "Pai patrão", onde um pai severo retira seu filho da escola para que ele trabalhe no campo cuidando das ovelhas. O elenco é formado por nao atores, em excelentes performances naturalistas e verdadeiras na emoção.
Ahmet (Arif Jakup) tem 15 anos. Ele mora com seu pai (Aksel Mehmet) e seu irmão pequeno, Naim (Agush Agushev), na aldeia Yuruk. Naim não pronuncia uma única palavra desde a morte da mãe. O pai de Ahmet está em luto profundo e proíbe que os filhos escutem música e comemorem. É na música que AHmet encontra alento e paz, mas precisa escutar quando o pai sai. Ahmet conhece a filha de sua vizinha, Aya (Dora Akan Zlatanova), que estava morando na Alemanha, mas voltou porque sua mãe prometeu que iria casá-la com um homem mais velho. Ahmet e Aya se apaixonam, mas sabem que não podem levar a paixão adiante.
O filme é o longa de estréia do roteirista e diretor Georgi M. Unkovski, que conduz toda a narrativa com muita sensibilidade. É curioso como no início ele mostra jovens na escola da cidade grande, todos antenados com a cultura pop e vestimentas ocidentais. Mas a área rural é apresentada como um centro de tradição e conservadorismo. Eu fiquei bastante tenso ao longo do filme, acreditando que uma grande tragédia se abateria com os jovens. E claro, chorei e me emocionei muito no seu desfecho libertador e melancólico.
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