If I Had Legs I'd Kick You, de Mary Bronstein (2025)
Recentemente, de uns anos para cá, a independência e empoderamento da mulher moderna, que precisa se dividir entre maternidade, trabalho, obrigações do lar, rendeu diversos filmes que desromantizam o conceito de maternidade. São mães angustiadas, com burn out, estafadas e em crise. Valeu a pena ser mãe?
Filmes como "Nightbitch", com Amy Adams, "Pedaços de uma mulher", com Vanessa Kirby, "A filha perdida", com Olivia Colman, "Mãe" e "Morra, amor", ambos com Jennifer Lawrence, são filmes que trazem o lado amargo, um pesadelo sem proporções de mães que estão no limite de sua sanidade física e mental.
Vencedora do prêmio de melhor performance no Festival de Berlim 2025, Rose Byrne foi amplamente elogiada por seu papel complexo e visceral. Escrito e dirigido por Mary Bronstein, o filme também foi sensação em Sundance. Não é um filme fácil de se assistir, e a cˆmera e a fotografia fazem a experiência ainda mais angustiante, com a câmera colada no rosto de Byrne. Ela é a terapeuta Linda, casada com o oficial da marinha Charles (Christian Slater), que precisa se ausentar por dois meses. Linda tem uma flha pequena (Delaney Quinn), que tem uma doença alimentar e precisa ser alimentada por sonda todas as noites, o que a faz sofrer bastante e ficar irritada. O teto do quarto de Linda desaba com uma infiltração e seu marido, ao telefone, a culpa por tudo o que está acontecendo. Linda se muda para um motel com ua filha temporariamente. Na clínica onde ela atende pacientes em crise, Linda se identifica com a paciente Caroline (Danielle Macdonald), mãe recente que acaba abandonando sua bebê. Linda não sabe o que fazer com a bebê. Ela conta com a ajuda do seu supervisor (Conan O'Brien) e de um vizinho do quarto ao lado do motel, James (A$AP Rocky), mas acaba que ambos mais estressam que ajudam. Eu não gostei muito da forma como o filme é apresentado, bem a cara de filmes da A24. Vale por Byrne, que realmente está excelente.
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