domingo, 26 de outubro de 2025
O filho de mil homens
"O filho de mil homens", de Daniel Rezende (2025)
Adaptação do romance escrito pelo escritor português Valter Hugo Mãe, publicado em 2011, "O filho de mil homens" é dirigido por Daniel Rezende, que tem em sua filmografia os aclamados "A turma da Mônica" e "Bingo: O Rei das Manhãs". O filme me lembrou muito a estética e realismo fantástico de Gabriel Garcia Marques e dos filmes de Guillermo del Toro, unindo drama, fantasia e romance para contar uma história sobre a humanidade envolta em torno de pautas como racismo, misoginia e homofobia. O elenco é seu ponto alto, com Rodrigo Santoro estrelando a produção, junto de Jonnhy Massaro, Inez Vianna, Antonio Haddad, Carlos Francisco, Grace Passô, Tuna Dwek, Juliana Caldas e a revelação Miguel Martines, que interpreta um menino órfão de 12 anos. A fotografia de Azul Serra explora com primor os elementos pictóricos das locações, rodadas em Búzios e Chapada Diamantina, Na Bahia. O filme apresenta o pescador solitário Crisóstomo (Santoro). Ele sempre sonhou em ter um filho, até que ele encontra o órfão Camilo e decide acolhe-lo. Aos poucos, outras pessoas que sofreram agressões passam a fazer parte dessa família de desgarrados: isaura (Jamir), que sofre abusos de sua mãe (Grace Passô); e Antoninio (Massaro), que sofre homofobia de sua mãe (Inez Vianna).
Representando um mundo onde pautas conservadoras trazem a infelicidade para muitos, não é difícil associar o filme ao mundo extremista em que vivemos atualmente. É um filme visualmente estonteante, um universo complexo e conduzido com louvor por Daniel Rezende, que transpõe para as telas, um romance complexo.
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