quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Eleanor the great
'Eleanor the great", de Scarlett Johansson (2025)
Estréia na direção da atriz Scarlett Johanson, "Eleanor the great" concorreu no Festival de Cannes na Mostra Um certo olhar em 2025. O roteiro de Tony Kamer é bastante controverso e polêmico, e em mãos erradas poderia ter sido um grande problema. Com a performance comovente e poderosa de June Squibb, atriz de 95 anos, o filme encontra esse equilíbrio e respaldo moral. O curioso é perceber que nos últimos anos, atores jdeus decidiram estrear na direção e contar histórias sobre a sua ancestralidade, envolvendo principalmente o holocausto. Foi assim em "A verdadeira dor", de Jesse Eisemberg, "Uma vida iluminada", de Liev Schreiber, "De amor e trevas", de Natalie portman, e agora com Scarlet.
Eleanor e Bessie (Rita Zohar) são melhores amigas. Elas convivem o dia inteiro na mesma rotina, morando juntas, indo ao mercado, para a praia. Bessie é judia e vive o trauma de ter testemunhado seu irmão ser assassinado durante uma fuga de ambos de um trem que seguia para o campo de concentração. Eleanor nasceu no Bronx, mas quando se casou, se mudou para a Flórida. Quando Bessie morre inesperadamente, Eleanor decide voltar para Nova York, e vai morar com sua filha, Jessica (Jessica Hecht) e o neto Max (Will Price). A relação de ambas é conflituosa: eleanor nunca protegeu a filha e sempre a criticou, o que deixou Jessica com baixa auto estima. Quando eleanor vai frequentar um centro comunitário, ela acaba decsobrindo um grupo de terapia formado por sobreviventes do Holocausto. Eleanor decide participar, e conta a história de Bessie como se fosse a sua própria. Uma jovem jornalista, Nina (Erin Kellyman), de luto pela morte de sua mãe, casada com o famoso apresentador de tv Roger (Chiwetel Ejiofor), se aproxima de Eleanor pela dor da perda do irmão no Holocausto e se tornam grandes amigas. Eleanor passa a viver a história de Bessie , dizendo a todos que ela é uma sobrevivente do Holocausto.
O filme de Scarlett se aproxima muito do filme de Jessie Eisemberg, ao falar da dôr dos que sobreviveram à tragédia do holocausto. Com menos humor, mas aind atrazendo um tom acredoce, a personagem de Squibb é um bom contraponto ao personagem de Kieran Culkin: despachada, cheia de energia, extrovertida e carismática. Um belo filme de estréia, com atuações fortes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário