domingo, 7 de setembro de 2025
Uma jovem tão bela como eu
"Une belle fille comme moi", de François Truffaut (1972)
Lançado entre 2 obras primas de Truffaut, "Duas inglesas e o amor" e "A Noite americana", "Uma jovem tão bela como eu", de 1972, é adaptado do livro escrito por Henry Farrell, "Such a Gorgeous Kid Like Me". O filme é uma comédia farsesca, em cima de uma trama que envolve drama e policial, protagonizado por uma mulher femme fatale, Camile Bliss (Bernadette Lafont). Ela é uma mulher gananciosa e ambiciosa que não mede esforços para ficar rica e famosa. Para isso, ela consegue de uma única vez, ludibriar todos os homens com quem se envolve, como uma viúva negra. O jovem sociólogo Stanislas Previne (André Dussollier, em estréia) está preparando uma tese sobre mulheres criminosas. Ele encontra Camille Bliss na prisão para entrevistá-la. Camille é acusada de assassinar seu marido Clovis e seu amante Arthur. Encantado com o carisma de Camille, Stanlislas passa a entrevistá-la usando um gravador, que depois é decupado pela sua secretária Helene (Anne Kreis), apaixonada por Stanislas, mas que só tem olhos para Camille. Camille fala de seu envolvimento com seu marido Clovis, com um cantor cafajeste de uma casa de shows, Sam, com um desratizador, Arthur (Charles Denner, que viria a trabalhar novamente com Truffaut em "O homem que amava as mulheres") e um advogado corrupto.
O filme é repleto de humor farsesco, muitas vezes pastelão. É um registro bem diferente dos filmes de Truffaut. Os atores estão todos ótimos. Atrama é repleta de plot twists, e as piadas são muito engraçadas, incluindo uma que é sonora: toda vez que Camille transa com sam, ele coloca um Lp com sonoplastia de carros de corrida. A câmera também é bastante elaborada, com plansos sequência com uso de travellings e gruas. A homenagem ao cinema vem através do personagem de uma criança que filmou um acidente com a sua camera.
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