sexta-feira, 19 de setembro de 2025
O último azul
"O último azul", de Gabriel Mascaro (2025)
Desde que surgiu com o seu 1o longa em 2014, "Ventos de agosto", Gabriel Mascaro tem conquistado a crítica e pre6mios em festivais no Brasil e no mundo. Depois vieram os excelentes e polêmicos "Boi neon" e "Divino amor", com críticas à masculinidade tóxica e à religiosidade fanática. Com "O último azul", vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim 2025, Mascaro aponta a sua história com uma crítica ao etarismo e aos governos déspotas e ditatoriais. Li que algumas pessoas citaram o clássico de Richard Fleisher, 'Soylent green", como uma provável referência ao filme. Eu assisti ao filme e de fato, existe uma semelhança em relação a regimes extremos que impõem um toque de recolher aos idosos, obrigados a se instalarem em campos de concentração. Mas toda a história segue em caminhos diferentes. Em determinado, me remeteu até mesmo a "O pequeno príncipe", na busca incessante da personagem de Denise Weimberg, Tereza, por um significado para a sua vida aos 77 anos. No seu caminho, ela encontra diversos personagens, que trazem uam ressignificação para ela, que busca fugir da orbigatoriedade do isolamento: o barqueiro Cadu (Rodrigo Santoro) , que apresenta à ela o caracol que expele um líquido azul; responsável pela parte fantasiosa da trama; Ludemir (Adalino), dono de uma pequena aeronave ilegal, e finalmente, Roberta (Miriam Socarrás), uma vendedora de Bíblias digitais e reponsável pelos melhores momentos do filme. As cenas em que Weimberg e Socarrás interagem são brilhantes, comoventes e dvertidas. Um filme primoroso e sensível, que mereceu todos os prêmios que recebeu.
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