terça-feira, 27 de maio de 2025

O dia em que me tornei mulher

"Roozi ke zan shodam", de Marzieh Makhmalbaf (2020) Filme iraniano que ganhou 3 prêmios no Festival de Veneza, é dirigido por Marzieh Makhmalbaf, esposa do famoso cineasta Mohsen Makhmalbaf, que escreveu e produziu o filme. O filme é dividido em 3 histórias, todas apresentando protagonismo feminino em idades distintas: uma criança, uma mulher jovem e uma idosa. São histórias que falam da luta das mulheres em uma sociedade patriarcal, e a dificuldade que elas encontram em querer passar pela barreira do preconceito, misoginia e tradições milenares. A primeira história é sobre Have, uma menina de 9 anos que tem como melhor amigo , um menino. No dia de seu aniversario de 9 anos, ela decsobre que a partir dessa data ela é uma mulher e está proibida a se relacionar com garotos. Ela também será obrigada a usar o xador (véu) na cabeça e nunca mais circular em público sem ele. O segundo episódio, a protagonista é Anooh. Ela participa de uma corrida de bicicleta somente de mulheres, mas ela de fato está fugindo de sua casa e de seu marido. O marido e os amigos dele vão atrás dela de cavalo, para convenc6e-la a voltar para casa No terceiro episódio, Hoorah é uma idosa que chega do aeroporto. Ela herdou uma fortuna e quer gastar seu dinheiro comprando tudo o que ela não pode ter na vida: geladeira, tv, mesas e outros bens de consumo. É um episódio surrealista, e termina fechando o ciclo com a menina do primeiro episódio. "O dia em que virei mulher" é um filme lúdico, belo e ao mesmo tempo cruel, ao mostrar a triste realidade de mulheres no Irã. As atrizes são excelentes, dentro de narrativas reflexivas e angustiantes.

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