quinta-feira, 15 de maio de 2025
I want to live in mars
"I want to live in mars", de Maria Somova (2023)
Produção indie de baixo orçamento, "I want to live in mars" é escrito e dirigido pela ucraiana radicada nos Estados Unidos Maria Somova. Somova desenvolveu a história baseada em suas memórias e vivência, quando cresceu em um povoado subpovoado na Ucrânia. Nos Estados Unidos, ela conheceu a cidade de Centralia, na Pensylvania, que nos anos 80 tinha quase mil moradores, mas por conta de um constante incêncio em uma mina de carvão, acabou se tornando uma cidade deserta com apenas cinco moradores. O filme me fez lembrar bastante de "Nomadland", não somente pela questão da cidade fantasma, mas pelo isolamento e representação de uma America desolada e sem esperança.
Breezy (Claire Haller) é uma adolescente rebelde que se revolta com sua mãe doente por terem que sair da cidade grande para morar em uma casa em Centralia. Sem internet, sem amigos e sem comércio, Breezy fica muito irritada com essa nova vida. Ao sair para a estrada para tentar conexão de internet ela conhece a sem teto Pickles (Bethany Stolar), adolescente da mesma idade que vive fazendo bicos em um restaurante da cidade próxima e cata lixo nas ruas. ela mora em uma casa abandonada. As duas, de vidas tão opostas, se conectam pela solidão e pelos desejos de tentar algo para as suas vidas.
O filme tem um tom bastante melancolico e apresenta personagens desmotivados com suas vidas e que se deixam levar de uma forma passiva. É angustiante e depressivo. O tom das performances é naturalista, quase documental.
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