quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Apocalipse nos trópicos
"Apocalipse nos trópicos", de Petra Costa (2024)
Após o seu premiado 'Democracia em vertigem", que foi finalista ao Oscar de documentário em 2020, a cineasta Petra Costa lança "Apocalipse nos trópicos", filmado boa parte durante a pandemia da covid. Quase que uma continuação de seu filme anterior, que mostrava como que o impeachment de Dilma Roussef abriu portas para a extrema direita no Brasil, agora o ponto de vista é sobre como a entrada dos evangélicos na religião e ao poder favoreceu a eleição de Bolsonaro em 2018. O filme é dividido em capítulos, tendo como referência o livro do Apocalipse no novo testamento. Silas Malafaia é o principal elo de narrativa do filme. Através dele, que tem sua vida pessoal e política acompanhada pela câmera de Petra e de vídeos de redes sociais, o filme mostra a influência da igreja pentecostal na política brasileira, onde 30 por cento dos políticos são evangélicos. O filme traz imagens de arquivo da construção de Brasília, e faz uma comparação com o país dos dias de hoje. A relação de Bolsonaro com a eleição em 2018, a prisão de Lula, a pandemia, a eleição de 2022 e como Bolsonaro descrebilizou o resultado das eleições, e finalmente, o fatídico dia 8 de janeiro de 2023, quando sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional foram atacadas e depredadas pela população.

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