domingo, 12 de outubro de 2025
Vida privada
"Vie privée", de Rebecca Zlotowski (2025)
Em determinado momento desse suspense francês, eu comecei a enxergar dois filmes de Woody Allen: 'Assassinato misterioso em Manhattan", e "Poderosa Afrodite". O mais surpreendente desse filme co-escrito e dirigido pela cineasta francesa não é nem o fato de Jodie Foster falar em francês perfeito o filme todo, e sim, a rveiravolta no tom da trama. No início um drama e depois suspense, o filme vai ficando leve e cômico com a presença de Daniel Auteuil, que interpreta o ex-marido de Lillian Steiner, a psicanalista de Jodie Foster. A dupla imita o casal de Woody Allen e Diane Keaton, com humor, trapalhadas e diversão. De "Poderosa Afrodite", o filme traz o elemento exótico: ao invés do chá do chinês que faz a personagem de Mia Farrow enxergar fatos que ela não via, Lillian acaba sendo atendida por uma terapeuta de hipnose, Jessica (Sophie Guillemin), que a faz regredir em vida passada.
Lillian tem uma paciente que se suicida, Paula (Virginie Efira). Ao ir no velório judaico dela, Lillian é expulsa pelo viúvo, Simon (Mathieu Amalric), que a acusa de ter matado a esposa ao receitar remédios tarja preta. Lillian, após diversos incidentes, acredita que Simon matou a esposa, e decide investigar por conta própria, sendo auxiliada pelo ex-marido, um oftamologista.
O problema maior de "Vida provada", é seu excesso d epersonagens e sub-tramas. Existe uma trama do filho rejeitado de Lillian, Julian ( Vincent Lacoste), casado e com um bebê, que Lillian não consegue interagir. E tem também um paciente de Lillian, que quer processá-la por acreditar que os 9 anos de cinsulta lhe geraram um preju;izo de 40 mil euros.
O filme foi exibido em Cannes 2025 e em San Sebastian. É interessante, mas a trama bastante forçada para criar encontros e desencontros atrapalha a narrativa.

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