quarta-feira, 29 de outubro de 2025
#SalveRosa
"#SalveRosa", de Susanna Lira (2025)
Exibido no Fetsival do Rio 2025, de onde saiu com 3 prêmios: melhor filme popular, melhor atriz para Klara Castanho e melhor figurino, "#SalveRosa" é escrito por Ângela Hirata Fabri e dirigido por Susanna Lira, premiada por documentários políticios e sociais, como " A torre das donzelas" e "Positivas". Para quem acompanhou toda a história envolvendo Larissa Manoela e seus pais, irá se identificar com esse thriller que é uma denúncia aos maus tratos com os "astros mirins", que começaram cedo na carreira e têm sua renda e engajamento meticulosamente administrado por pais fanaciosos e abusivos. Mas para os cinéfilos, será fácil identificar diversos filmes, principalmente, os de Hitchcock, como "Interlúdio" e "Janela indiscreta". Em "Interlúdio", ambas as histórias acontecem no Rio de Janeiro, e envolvem um icocente e suspeito copo de leite.
Rosa (Klara Castanho) e sua mãe, Dora (Karine Telles, que merecia também levar um prêmio pela sua atuação digna das psicopatas dos anos 50 a 70, repleta de exageros e surtos) acabam de se mudar para um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Dora é a nova professora de português da escola para onde Rosa foi transferida, e por um acaso, dá aula na mesma sala. Rosa acaba de fazer 13 anos e é uma influencer mirim mega bombada, com 15 milhões de seguidores. Seus vizinhos lhe dão boas vindas: Beto (Ricardo Teodoro), Vera (Indira Nascimento), a síndica, e sua filha, Luana (Alana Cabral), que é muito fã de Rosa. Vera suspeita do comportamento de Dora e dceide investigá-la.
O filme tem a sua força nas performances de Klara e Karinne, que lembram até o embate clássico de Bette Davis e Joan Crowford. Quanto ao roteiro, tem uns momentos forçados, mas como dizia Hithcock, nem tudo precisa ser explicado e o filme precisa caminhar. A narrativa prende a atenção do espectador, e traz algumas viradas na história, que subvertem as tentativas do público "achar" que sabe como vai acabar.

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