quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Miss carbón

"Miss carbón", de Agustina Macri (2025) Quando a verdadeira Carla Antonella Rodríguez, mulher trans, surge no final, eu caí em prantos. Na cartela, a informação de que graças à sua luta, as mulheres puderam trabalhar no interior das minas de carvão, sendo ela a pioniera. A atriz trans Lux Pascal, irmã do ator Pedro Pascal, dá vida à Carla Antonella Rodriguez. O filme começa em 2008, em Rio Turbio, cidade na Patagônia, que subsiste de mineração de carvão. Por conta de uma lenda, que fala sobre uma mulher que entrou na mina para ir atrás de seu marido soterrado e nunca mais saiu, a cidade proibiu que mulheres trabalhassem no interior da mina, alegando que dão azar. À elas, é designado trabalhos burocráticos em escritório. Desde criança, Carla sonhava em ser mineira. Mas sempre sofreu preconceitos na família e entre amigos, ganhando acalanto junto de outras mulheres trans. Quandoa. empresa de mineração abre vagas, Carla, na hora da inscrição, dá seu nome de nascença, Carlos. Ela, disfarçada, consegue trabalhar com êxito nas minas. Mas quando faz uma cirurgia de redesignação sexual, ao retornar ao trabalho já com identidade feminina, Carla é proibida de trabalhar na mina e é obrigada a trabalhar em escritório. No início aceita, mas decide lutar a favor dos direitos das mulheres e consegue ter apoio de todo mundo. Com roteiro escrito por Erika Halvorsen e Mara Pescio, "Miss Carbon" começa e termina com um concurso de Rainha dos mineiros, um evento fortemente simbólico e emocionante, dirigido com sutileza e respeito pela diretora Agustina MAcri e protagonizada com emoção por Lux Pascal. O filme concorreu em San Sebastian.

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