domingo, 22 de junho de 2025
Um guia lésbico de como sobreviver ao roteiro
"Bulletproof: A Lesbian's Guide to Surviving the Plot", de Regan Latimer (2024)
A cineasta Regan Latimer relata no início do documentário que foi fazer um pitching sobre o projeto "Um guia lésbico de como sobreviver ao roteiro", um apanhado de séries e filmes onde as personagens lésbicas ou morriam, ou eram torturadas e não tnham direito a um final feliz. Ao final do pitching, o avaliador falou: "E a quem interessa isso?"
Com essa provocação, Regan Latimer decidiu ela mesma levantar fundos para o projeto, que ela entendeu ser mais do que necessário. O ponto de partida foi o ano de 2016, que ela chama de "Holocausto lésbico": em menos de 10 dias de programação teevisiva, 7 personagens lésbicas foram mortas nas séries: "The 100", "The walking dead", "Game of thrones", "Orange is the new black". Em 2016, foram 25 mulheres queer mortas.
Dividido em atos, o filme a gênese de programas dos anos 80 em diante, que a ajudaram a entender a sua formação e a sua orientaçao sexual, desde boas ou más representações. Séries como "Buffy", "Arquivo X", The L world", Xena", Ellen de Generis", Glee", Greys anatomy", entre outros, tiveram personagens gays que tiveram repercurssão na comunidade lésbica. No último ato, em 2021, Regan destaca o quanto o nível das séries evoluiu em diversidade nos diálogos, a ponto dele assistir a um episódio da série "Feel godd", e descobrir, através do personagem, que elu é não binário, que é como Regan se identifica a partir de agora.
O filme traz excelentes debates com roteiristas e show runners, provocados com a pergunta de porque mataram personagens queer? Na pauta final, foram listados 6 itens importantes para entender melhor a representatividade: 1) Diversidade entre roteiristas 2) Mais personagens principais queer 3) Melhor desenvolvimento dos personagens 4) Respeitar e entender a hierarquia 5) conflitos e riscos são necessários 6) cuidado ao escalar atores famosos
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