terça-feira, 10 de junho de 2025

O que queríamos ser

"Lo que quisimos ser", de Alejandro Agresti (2024) Alguém precisa urgente montar esse texto e transformar em uma peça de teatro, com 3 atores em cena: um caal de meia idade, e um jovem, filho da mulher. Escrito e dirigido pelo argentino "Alejandro Agresti", do primoroso "Valentin", o filme me fez lembrar de outro drama rom6antico clássico, "Nunca te vi, sempre te amei", com Anne Bancroft e Anthony Hopkins. Os dois filmes falam sobre o amor na meia idade, de duas pessoas introvertidas, tímidas. É um amor sem sexo, sem corpo, somente baseado na amizade, no companheirismo, no estar próximo, na conversa, nos olhares. Eu chorei até me acabar no final desse filme, e juto, amaria ver nos palcos. Irene (Eleonora Wexler) e Yuri (Luis Rubio) são dois solitários. Ele é dono de uma pequena livraria. Ela é escritora, mãe de um adolescente, (Antonio Agresti, filho do cineasta). Os dois são os únidos a frequentar uma sessão de um filme de Howard Hawks "Jejum de amor", no Cine Arte no outono de 1998. Na saída, casualmente eles puxam assunto sobre o filme, e decidem esticar a conversa no clássico bar de Buenos Aires chamado The Brighton, inaugurado em 1940. Eles decidem não falar seus nomes verdadeiros, e criarem personagens. Ele se diz astronauta, ela se diz romancista. Todas as 5as feiras, eles se encontram no mesmo bar, durante anos, sem ter o contato um do outro, e mantendo os personagens. Voc6e acompanha o filme e fica apaixonado de cara pelo casal, que é visto em suas vidas pessoais totalmente solitárias, e o desejo de que chegue logo a 5a feira. e voc6e também sabe que algo vai acontecer durante a trajetória, e que irá fazer todo mundo sair chorando do cinema. Que primor, que atuações espetaculares. Que filme sensível e mágico.

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