sábado, 31 de maio de 2025

When the lights breaks

"Ljósbrot", de Rúnar Rúnarsson (2024) Diretor islandês do excelente drama sobre terceira idade "Volcano", Rúnar Rúnarsson ganhou mais de 20 prêmios, incluindo concorreu no Festival de Cannes na mostra un certain regard. Assim como falou da morte na velhice, Runar parte para o mesmo tema, porém com a juventude, deixando claro na sua mensagem que a morte paira sobre todos e está sempre por um fio. O filme abre com um jovem casal de estudantes na praia, ao por do sol: o rapaz, Diddi (Baldur Einarsson) e a garota, Una ((Elín Hall), uma garota andrógena de cabelo raspado. Eles vão para casa e fazem sexo. Descobrimos que Diddi namora Klara (Katla Njalsdottir) e que Una é sua amante. Diddi promete contar para Klara a verdade e que irá se separar dela. Um acidente acontece em um túnel e diversos passageiros em carros passeio morrem em uma explosao. Diddi estava em um dos carros. Os amigos aguardam no hospital para saber o estado de Diddi. Klara chega, desesperada, e todos a confortam. Una, a amante que ninguém sabe que namorava Diddi, se sente solitária e sem poder externalizar a sua dor e mágoas. Até que Diddi morre, e Klara encontra em Una o afeto que precisava. O filme faz uma homenagem a Bergman em 2 momentos: quando Una diz que adoraria conhecer a Ilha de Faro (Ilha na Suécia onde Bergman morou). E em uma cena onde pelo reflexo do vidro, as imagens de Una e Klara se unem em uma só, referência a "Persona". É um bom filme, com excelente elenco de jovens atores. O ritmo é lento, planos longos e contemplativos, com uma fotografia estonteante.

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