terça-feira, 14 de novembro de 2017

Contatos imediatos do terceiro grau

“Close encounters of the third kind”, de Steven Spielberg (1977) Após o grande sucesso de “Tubarão” em 1975, Steven Spielberg co- escreveu e dirigiu esse clássico da ficção científica que acaba de completar 40 anos no ano de 2017. Escalando para os protagonistas Richard Dreyfuss, que acabara de filmar “Tubarão” , e o famoso cineasta francês Francois Truffaut, o filme fez história por conta de seus efeitos especiais e pela trilha sonora épica de John Willian. Revisto, o filme ficou tecnicamente datado, mas mesmo assim o seu roteiro continua instigante. Eu havia me esquecido a lentidão da narrativa, quase que em registro documental, em um filme de quase 140 minutos. Se tivesse sido lançado hoje em dia, teria sido um grande fracasso, mas na época a plateia suportava filmes blockbusters longos e sem ritmo. Dreyfuss interpreta Roy, casado e com três filhos. Uma noite, na estrada, Roy testemunha a aparição de varias naves espaciais e a partir daí ele começa a ter visões. Sua esposa ( Teri Gaar) acha que ele está ficando louco e vai embora de casa com os filhos. Paralelo, um cientista francês, Lacombe ( Truffaut), está trabalhando com o governo americano com o intuito de fazer contato com os extraterrestres. Spielberg como sempre, tem como pano de fundo a desintegração de uma família: pais que se separam, filhos que sofrem com a perda. Spielberg se espelha na sua história real, quando seu pai abandonou a família, e por conta desse trauma, ele sempre procura uma forma de retratar esse drama em seus filmes. No filme, já podemos perceber embriões para filmes futuros de Spielberg: “ Caçadores da arca perdida”, “Poltergeist” e “ Et, o extraterrestre”.

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